A UNEAL PEDE SOCORRO: E O QUE ELA PODE FAZER POR CADA UM DE NÓS?

A UNEAL, antiga FUNESA, é uma instituição de ensino superior que há muitos anos vem trazendo o desenvolvimento para o interior de Alagoas. Ela está enraizada em diversos municípios do estado e desde a sua criação vem mudando a realidade da localidade pólo, onde existe algum dos seus campi, e regiões circunvizinhas. As cidades assistidas pela Universidade são: Arapiraca, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, União dos Palmares, São Miguel dos Campos e uma extensão na capital do estado, Maceió. Através do ensino e pesquisa realizados por este órgão, a miséria e a desigualdade em Alagoas tem sido diminuída.

Apesar de tudo o que a UNEAL tem feito pelo nosso Estado, ela tem sido sucateada nos últimos anos e assistimos ao seu desmantelamento pelo descaso dos nossos governantes. A falta de recursos e de uma política pública específica para a manutenção e ampliação da sua área de atuação, acabou por colocá-la em uma armadilha financeira e de logística. A falta de professores e de funcionários qualificados, aliada a uma política de baixos salários e apadrinhamento político, tem garantido a essa instituição um futuro incerto e duvidoso. A universidade que outrora angariou títulos de uma das melhores do país tendo seus exemplos mais específicos, no curso de pedagogia do campus de Santana do Ipanema como o sexto melhor do País, e no curso de Zootecnia, como o segundo melhor do Nordeste, simplesmente está à beira da extinção, ou, na pior das hipóteses, da privatização.

Mas apesar dos poucos recursos, a Universidade Estadual de Alagoas no município de Santana do Ipanema, tem trazido muitas conquistas para o povo da região nos diversos setores que atua e ajuda a desenvolver. A Zootecnia tem trazido a modernização nas técnicas agrícolas e de pecuária no município e localidades circunvizinhas, com profissionais atuando em diversas regiões do país, e até mesmo, no exterior.

Na área de Ciências Biológicas tem garantido através de eventos e projetos, a conscientização da comunidade em temas diversos, como saúde, educação sanitária e ambiental e a garantia de profissionais capacitados e competentes para o mercado de trabalho.

No campo da Pedagogia podemos citar a “sala de leitura”, construída há algum tempo pelos próprios discentes do Campus II, que precisa ser melhor equipada, e a necessidade da construção e funcionamento da “escola experimental” para estudo e prática de teorias pedagógicas. O curso de Pedagogia tem trazido profissionais preparados, como professores, coordenadores e diretores, para atuar nas escolas dos municípios circunvizinhos.

E ainda há aqueles que se perguntam o porquê da Universidade Estadual de Alagoas deva continuar a funcionar. Os exemplos estão a seguir.

Imagine que existisse um lugar no município onde os produtores rurais pudessem fazer uma análise do solo com o objetivo de aumentar a produtividade de suas terras, e onde essa atividade fosse gratuita e disponível para todos. Ou então outra situação onde os produtores de mel da região pudessem fazer a extração da sua produção de maneira rápida e higiênica, contando com o apoio de técnicos e estudiosos a respeito do assunto. Ou talvez um local para inseminação artificial que buscasse a melhoria genética dos animais.

Pasmem amigos, mas tudo isso e muito mais é possível de acontecer em um curto período de tempo. Laboratórios com essas finalidades já existem no Campus II em Santana do Ipanema e estão prontos para ser usados. Com uma gama maior de recursos e vontade política, os laboratórios de inseminação artificial, análise de solo, a casa do mel, poderiam entrar em operação rapidamente. Basta que os nossos representantes se esforcem para garantir os recursos necessários para o funcionamento de tais estruturas. Além dos laboratórios que foram citados anteriormente, no campo da Zootecnia e das Ciências Biológicas, podemos citar ainda os de Análise parasitológica, microscópica, microbiológica e de análise de nutrientes.

E tantas são as necessidades da Universidade para que ela funcione de forma adequada que a surpresa é algo constante quando se fala que ela está na ativa e tem conseguido trazer tanto desenvolvimento. As instalações físicas da instituição estão deterioradas e em alguns pontos comprometidas. As salas de aula estão equipadas com mobiliário e recursos didáticos ultrapassados e quebrados. Esquadrias enferrujadas e/ou sem vidros; banheiros sem portas; instalações hidráulicas e elétricas impróprias são alguns dos problemas encontrados em todo o campus.

A biblioteca funciona de forma precária, tendo um acervo bibliográfico reduzido e defasado, prejudicando o desenvolvimento das atividades na instituição. O auditório tem um espaço pequeno e não comporta mais a comunidade estudantil, e apesar do anúncio, ainda no primeiro semestre de 2008, de que um novo ambiente seria construído, os alunos aguardam com grande expectativa o cumprimento de mais uma das promessas para o Campus II.

Ainda é importante considerar o público que a Universidade atende em todas as localidades que assiste, que em sua maioria é composto por filhos de camponeses e cidadãos que não tem condições de enviar os seus filhos para a capital ou para faculdades privadas.

O medo da privatização, inclusive, é uma sombra que obscurece ainda mais o futuro da UNEAL e que já vem sendo efetivada com a manutenção do PGP (Programa de Graduação dos Professores), como um curso pago, que utiliza os docentes e as instalações da instituição, e que vem sendo tratado de forma prioritária, prejudicando dessa forma, o ensino superior gratuito que é tão almejado por todos.

Por fim, podemos observar ainda o “esvaziamento intelectual” da Universidade, que prejudica a sua existência, já que dezenas de mestres e doutores vêm abandonando a instituição por não existir um Plano de Cargos e Carreiras que garanta os seus retornos financeiros que tanto foram buscados com a sua melhoria de nível educacional.

A UNEAL só existe porque precisa garantir um futuro promissor para toda a sociedade. Uma Universidade gratuita e de qualidade é direito do povo e dever prioritário do estado. Um povo sem educação é um povo fadado ao fracasso em todos os sentidos.



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